Sunday, May 07, 2006

Encontrar um grande amor é obra da natureza...

O amor e as represas são iguais. Essa é uma afirmação que surge algo como a sutileza de um filete de água que corre pelo vale, abrindo espaço para um riacho, logo mais a frente se transforma num rio em busca do mar. Então, seguindo este raciocínio, a atração física se transforma em interesse, que evolui para uma paixão que necessariamente “deságua” em um grande amor? Será mesmo que os caminhos do amor surgem da atração produzida pelo que se vê? Talvez para muitas pessoas sim, o que se vê – não efetivamente a beleza, pois essa é relativa – seja o ponto de partida para o nascimento de um sentimento mais profundo. Para mim a velha história do amor à primeira vista não produz o efeito que em boa parte das mulheres românticas deste mundo. Eu o conheci como que em uma brincadeira. Seria mais um caso de amor à primeira vista? Não!!! Acho que ele nem me notou e muito menos se sentiu intimidado com meu jeito assanhado de ser, que aos poucos, conhecendo toda sua graça, parecia que gritava “Ei! Estou aqui! Olhe para mim!!! Me note!!!” Dois dias! Esse foi o tempo que demorei para me convencer de que ele seria, pelos próximos dias, alvo de meus pensamentos mais secretos, desejo santo de estar a todo tempo com aquela criatura encantadora! Nesse período descobri, definitivamente, que o amor à primeira vista, ao primeiro olhar ou ao primeiro beijo, são coisas pequenas perto do que é encontrar, conhecer, observar e sentir afinidade. Sentir que todo aquele sentimento inesperado dentro de si não é por acaso, mas que vai durar muito tempo. Tudo isso sim pode ser comparado ao filete de água correndo pelo vale e tomando o curso natural de seu ciclo. Com o amor também é assim, sutileza... naturalidade... Espaço onde não cabem a malícia e os jogos de sedução.

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